21 novembro 2012

Ou soma ou some

A vida é feita de encontros, reencontros e esbarrões. Em cada esquina uma pessoa, um cada lugar um alguém, no banco do lado um futuro amigo, na padaria um conhecido e na sua porta um irmão.
O ser humano é um ser sociável, dependente, por mais que alguns afirmem que preferem viver sozinhos, isso seria impossível, ou melhor, um egoísmo exacerbado e desnecessário; mas isso é assunto para outro post.
Eu, em um devaneio, parei pra pensar em quantas foram as pessoas que passaram pela minha vida. Tudo bem que com 16 anos não se viveu muita coisa, mas cada pessoa, cada momento, marca de alguma forma.
Teve a amiga-prima, a amiga de infância, a amiga da rua, o grupo do fundamental, a galera do ensino médio... Teve aqueles também que eu perdi e os que me perderam.Tanta gente que passou, isso, passou. Têm os que vem e ficam, os que vem e vão e aqueles que ainda hão de vir, mas uma coisa é certa, vez ou outra chega a hora de se despedir. Sim, despedir para se permitir. Têm certas pessoas que nos fazem mal e quando assim não o fazem, nada acrescenta, apenas diminui.
Percebi que chega uma hora em que precisamos dar uma sacolejada na nossa "árvore da amizade" e selecionar os frutos podres dos bons, palavras duras? Talvez, mas se aprender pelo amor fosse fácil, muita gente não estaria como está. Acontece que em nossa vida amigos são indispensáveis, mas não amigos de momento, mas sim amigos de uma vida. E hoje em dia isso se torna cada vez mais difícil, difícil pelas pessoas que não tem uma definição de amizade bem esclarecida; "Em sentido amplo, é um relacionamento humano que envolve o conhecimento mútuo e a afeição, além de lealdade ao ponto do altruísmo." Disse a velha wikipédia, e diga-me, ou melhor, responda para si mesmo, todos que você chama de amigos se encaixam nessa definição? 
Saindo da teoria, vamos para a prática. Uma amizade é baseada acima de tudo em confiança e lealdade, e isso é algo mútuo, portanto, onde não há reciprocidade, me indago se realmente há amizade. Amigo mesmo se faz presente sem estar e não precisar ser chamado para comparecer no lugar.
Muitos procuram em seu próprio vazio, pessoas que os complete, mas cá entre nós, pra que completar quando a missão é transbordar? Bom mesmo é contar histórias, compartilhar sonhos, confiar, abraçar, comer brigadeiro, chorar o mesmo choro, virar mãe e pai quando necessário... bom mesmo é ter uma verdadeira amizade.
Então agora é assim, 8 ou 80, quer ficar fica, quer ir vai... Vai, que eu tô indiferente. Vai que eu tô indiferente?
Ou soma ou some, meus amigos eu sei quem são e deles eu não abro mão.

Um comentário:

  1. Querida, como vc escreve bem.... achei inspirador esse post e se encaixa perfeitamente com o momento em que me encontro... vou até te citar no meu blog.... e te seguir, claro. Adorei.

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