29 novembro 2012

Só nos restam as promessas


Nem sei se minhas promessas valerão de alguma coisa, mas eu estou aqui, em vão, tentando encontrar palavras, tentando entender tudo isso, tentando voltar no tempo... É que essa sensação de NOSTALGIA não me deixa e o relógio faz questão de passar bem rápido. “O fim é só um novo começo”, diriam os otimistas. Pode até ser verdade, pode até ser necessário; mas se frases bonitas fossem fáceis de serem vividas, poetas seriam eternamente felizes.
Não me iludo achando que posso descrever a importância que tudo isso teve ou ao menos o que significou em um simples post de blog. Sabe, têm certas situações pelas quais passamos que as palavras perdem até mesmo o significado, elas não merecem nem ao menos serem ditas.
Seria drama eu confessar que estou com medo? Medo do incerto, medo do que estar por vir, medo do futuro, medo do amanhã, medo de deixar pra lá tudo que vivi aqui. Eu sei não vou me desfazer de nada, têm pedaços em mim de cada um, cada momento, cada situação, cada abraço, cada lágrima, cada conversa... Na verdade, boa parte do que sou é um amontoado de pedaços daqueles pelos quais o meu sorriso é mais bonito.
Saudade? Injusta tal afirmação. Qual é a mágica que fazem para um buraco inteiro caber aí, dentro de 7 letrinhas?
Eu prometo. Prometo levar cada um dentro de mim, prometo não esquecer de nenhum nem mesmo por um segundo. Prometo acordar e sorrir por vocês, enxugar as lágrimas porque vocês me dão força, mesmo longe. Prometo brindar cada manhã e agradecer toda noite por um dia ter os conhecido.
Eu prometo, e não revogo que os meus dias que outrora foram lindos com vocês, a partir de agora será mais lindos por vocês.  Eu prometo trancá-los a sete chaves no peito, pra que dor nenhuma, tempo nenhum, distância alguma venha arrancá-los sem permissão.
Eu prometo que mesmo que o tempo passe,  as estações mudem e eu siga o percurso; vocês serão lembrados, porque eu já disse...eu sou feita de pedaços, pedaços de cada um.
A gente percebe que um texto chega ao fim quando ele se torna redundante, mas redundante mesmo é essa vontade de ficar aqui, ficar aqui ou os trazer para junto de mim. Os ventos soprarão, a falta vingará, mas eu sei bem dos que eu vou lembrar, sei bem dos que irão permanecer, sei bem que as coisas ficarão em seu devido lugar.
Seria informação de mais dizer que a cada frase eu lembro de alguém, de um lugar, de um momento? Informação demais dizer que as lágrimas agora saem involuntariamente por lembrar do rosto de cada um?
Eu sei que mais tarde eu irei escrever um texto de boas novas, um texto de recomeço, um texto de obrigada, de renovo. Prometo até por palavras bonitas e motivadoras, mas hoje não. Hoje eu quero lamentar a falta e o vazio que por tempos irão perdurar. É inevitável, eu sei. É necessário, já me disseram. Mas deixe o moralismo pra depois, deixe as meias verdades pra mais tarde. O agora está fresco, ainda está doendo, ainda está latejando.
Um dia eu acordo e enxugo as lágrimas, pode ser amanhã ou daqui a meia hora. Mas agora, queridos, permita-me ter um a sós com os meus pensamentos e minhas lembranças.
O que me resta são as minhas promessas, promessas minhas tão suas. Guarde-as com fevor e à elas dê um imenso valor. À vocês eu rogo, me deixem guardadinha no seu abraço. Eu prometo não bagunçar, prometo não atrapalhar.
O ontem já se foi, o hoje está aí e o amanhã está a porta. Só nos restam as promessas, promessas tão minhas, promessas tão suas. Promessas nossas, promessas...apenas.

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