Nem sei se minhas promessas valerão de alguma coisa, mas eu
estou aqui, em vão, tentando encontrar palavras, tentando entender tudo isso,
tentando voltar no tempo... É que essa sensação de NOSTALGIA não me deixa e o
relógio faz questão de passar bem rápido. “O fim é só um novo começo”, diriam
os otimistas. Pode até ser verdade, pode até ser necessário; mas se frases
bonitas fossem fáceis de serem vividas, poetas seriam eternamente felizes.
Não me iludo achando que posso descrever a importância que
tudo isso teve ou ao menos o que significou em um simples post de blog. Sabe,
têm certas situações pelas quais passamos que as palavras perdem até mesmo o
significado, elas não merecem nem ao menos serem ditas.
Seria drama eu confessar que estou com medo? Medo do
incerto, medo do que estar por vir, medo do futuro, medo do amanhã, medo de
deixar pra lá tudo que vivi aqui. Eu sei não vou me desfazer de nada, têm
pedaços em mim de cada um, cada momento, cada situação, cada abraço, cada
lágrima, cada conversa... Na verdade, boa parte do que sou é um amontoado de
pedaços daqueles pelos quais o meu sorriso é mais bonito.
Saudade? Injusta tal afirmação. Qual é a mágica que fazem
para um buraco inteiro caber aí, dentro de 7 letrinhas?
Eu prometo. Prometo levar cada um dentro de mim, prometo não
esquecer de nenhum nem mesmo por um segundo. Prometo acordar e sorrir por vocês,
enxugar as lágrimas porque vocês me dão força, mesmo longe. Prometo brindar cada
manhã e agradecer toda noite por um dia ter os conhecido.
Eu prometo, e não revogo que os meus dias que outrora foram
lindos com vocês, a partir de agora será mais lindos por vocês. Eu prometo trancá-los a sete chaves no peito,
pra que dor nenhuma, tempo nenhum, distância alguma venha arrancá-los sem
permissão.
Eu prometo que mesmo que o tempo passe, as estações mudem e eu siga o percurso; vocês
serão lembrados, porque eu já disse...eu sou feita de pedaços, pedaços de cada
um.
A gente percebe que um texto chega ao fim quando ele se
torna redundante, mas redundante mesmo é essa vontade de ficar aqui, ficar aqui
ou os trazer para junto de mim. Os ventos soprarão, a falta vingará, mas eu
sei bem dos que eu vou lembrar, sei bem dos que irão permanecer, sei bem que as
coisas ficarão em seu devido lugar.
Seria informação de mais dizer que a cada frase eu lembro de
alguém, de um lugar, de um momento? Informação demais dizer que as lágrimas
agora saem involuntariamente por lembrar do rosto de cada um?
Eu sei que mais tarde eu irei escrever um texto de boas
novas, um texto de recomeço, um texto de obrigada, de renovo. Prometo até por
palavras bonitas e motivadoras, mas hoje não. Hoje eu quero lamentar a falta e
o vazio que por tempos irão perdurar. É inevitável, eu sei. É necessário, já me
disseram. Mas deixe o moralismo pra depois, deixe as meias verdades pra mais
tarde. O agora está fresco, ainda está doendo, ainda está latejando.
Um dia eu acordo e enxugo as lágrimas, pode ser amanhã ou
daqui a meia hora. Mas agora, queridos, permita-me ter um a sós com os meus
pensamentos e minhas lembranças.
O que me resta são as minhas promessas, promessas minhas tão
suas. Guarde-as com fevor e à elas dê um imenso valor. À vocês eu rogo, me
deixem guardadinha no seu abraço. Eu prometo não bagunçar, prometo não
atrapalhar.
O ontem já se foi, o hoje está aí e o amanhã está a porta. Só nos restam as promessas, promessas tão minhas, promessas tão suas. Promessas nossas,
promessas...apenas.
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