22 janeiro 2013

Um tal de amor próprio...


"_ Por que pessoas boas sempre escolhem as pessoas erradas?
_Nós escolhemos o amor que achamos que merecemos."
Cento e dois minutos e trinta e quatro segundos de filme e eu só consegui prestar atenção em um diálogo. Isso é normal? Que seja... Só que estranho é quando estamos com uma ideia, um pensamento ou seja o que for na cabeça, até frases de pára-choque de caminhão e anúncios na internet nos parecem respostas. Curiosa essa vida de achar um "quê" especial em tudo, curiosa.
Pois bem, quanto ao diálogo, já ouvi esta pergunta muitas vezes e em súbito sempre achava drama e história de quem morre por dor de cotovelo. Mas pela primeira vez, veio-me uma resposta convincente, uma resposta que fez até mesmo eu, repensar. Por Deus, era algo tão óbvio! Por que não pensei nisso antes? É que nessa minha sede de entender o subentendido deixo passar despercebido as obviedades da vida. 
Há tempos vivem a dizer que quem não tem amor próprio, não pode ter amor ao próximo. Irrefutável. Se nos amamos pouco, se nos queremos bem pouco, logo, nos contentaremos com pouco. Viveremos de migalhas e de sobras colhidas do que restou. Mas vamos lá, repensar tudo isso. Retrospectivas necessárias, por favor.
 Quem foi mesmo que disse que o pouco é bom? Quem foi mesmo que disse que o conformismo sempre foi o melhor? Amor ruim é amor pequeno, e pior ainda quando descobrimos que ele nasce primeiro em nós.
Hoje, eu acordei me amando mais. Não é um dia especial, é uma terça-feira de janeiro, tenho mil e uma preocupações na cabeça, são 16:00h e ainda estou de pijama, mas, acordei me amando mais. E não é preciso explicações para isso, o amor de dentro deve ser inato, mas nós o matamos na tentativa de recriá-los em um outro alguém. 
Você se basta. Você se completa. Não procure uma metade estragada de laranja, procure alguém que te transborde.
Pessoas vazias atraem pessoas ocas. Então trate de se encher, encher-se de si mesmo, encher- se um pouco mais de você. É aí que reside o egoísmo necessário, o amor próprio que você não deve deixar morrer.
Somos muito, para almejarmos tão pouco. Então conformismo e comodidade não podem mais ser palavras grifadas neste dicionário. Olhe-se no espelho e tente enxergar o que há por traz dele, há sempre mais. E se você achar que não, o que esperar então? Tente se achar para depois procurar alguém. Pessoas são instantes, e injusto somos nós que depositamos nossa felicidade nelas. Essa tal felicidade é consequência de amar-se e querer-se primeiro.
Quando isso acontecer, não será preciso procurar, você irá irradiar e de alguma forma as pessoas irão te achar. E quando ao passar na rua, com uma rabo de cavalo, um jeans velho e sem maquiagem, e mesmo assim te perguntarem:"Está amando? Tem alguém? Tão feliz..."
Você saberá que nunca precisou de ninguém pra sorrir, que seu sorriso não precisava ter nome e que sua alegria tinha aprendido a ser independente. 
Pensou. Sorriu.Respondeu:" Eu tô amando sim, tem alguém sim. Eu tô amando todo dia, eu tô amando o tempo inteiro eu tô amando a mim mesma."
"Nós escolhemos o amor que achamos que merecemos." 

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