11 novembro 2012

Pobre Coração


.Ele ainda quer um abraço, ainda quer sentir borboletas no estômago; ele ainda quer sentir os lábios, ainda quer ouvir a voz. Ele ainda quer rir alto, dançar valsa e chorar junto. Ele ainda quer andar de mãos dadas, sábados recuperados e armadilhas desarmadas. Ele ainda quer um sorriso nos lábios, brilho nos olhos e suor nas mãos. Ele ainda quer palavras suaves, quer ouvir brisa leve e canções de fundo. Ele quer gritar, que chorar e correr, mas como uma mãe que repreende o filho, a razão o domina, o deixa encarcerado em suas fortes e inquebráveis selas do orgulho, do medo e da desconfiança. Essa medieval disputa, onde o certo depende do ângulo visto.
Pobre coração; só queria lhe dizer que ainda te ama.

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