22 dezembro 2012

Idealizamar


Certa vez me disseram: " Você tem um amor idealizado."
E que assim seja, amém!
Que seja um amor idealizado depois de acordar, antes de dormir. Que seja amor idealizado nas tardes de domingo, no verão e no cinema. Que seja amor idealizado nas conversas fora de hora, nas brincadeiras sem demora, nas declarações sem fim. Que seja amor idealizado de olhos fechados, no silêncio, nas verdades. Que seja amor idealizado em andar de mãos dadas, tomar sorvete e passear na orla.
Que haja também idealização nos sentimentos, na troca, no significado. Na renegação, na compreensão e no abraço.
Vá, seja amor idealizado até nas brigas, nos desentendimentos, nas discussões. Mas não esqueça de idealizá-lo nas reconciliações, nos beijos de despedida e nos sorrisos de chegada.
Idealize o amor ao próximo, o amor nobre e o amor próprio.
Ainda é tempo de falar de amor. Idealize-o, por favor.
Idealize-o para não se perder, para não se envolver, para não se esquecer. Idealize-o para se firmar, para acreditar e sonhar. Acima de tudo, para se proteger. Se proteger disso aí, que destrói, que machuca, que faz mal, que engana. Se proteger disso aí que estão denominando amor, mas que não chega nem a ser aprendiz.
Idealizar. Imaginar. Criar. Fantasiar. Idealizar o dito, imaginar o bonito, criar o certo e fantasiar o distorcido. Vão ter uns que dirão ser utopia, mas utopia mesmo é viver de sobras, de meias verdades, de remendos.
Então vai lá, me faz esse favor. Idealize esse amor pra gente poder brindar.
"Ideologia! Eu quero uma pra viver."

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