Foi numa quinta-feira, 13 de novembro que você me invadiu. Eu sei que já faz um ano, mas é que meu espírito sadomasoquista
visitou seu facebook hoje. Tinha um riso lá, um riso que não era comigo. Tinha
uma foto de Petrópolis na qual eu quis comentar e perguntar se você lembrava de
quanta amor coube naquele chalé. Mas não era eu do seu lado, nem na foto, nem no chalé, nem
no relacionamento sério.
Foi incrível como você virou a página. Foi rápido. Rápido
demais até mesmo pra você. A gente não se cabia um no outro e talvez esse tenha sido o
problema. Você era muito e eu também, não conseguíamos nos controlar e isso fez
tudo desandar. Sabe meu bem, dois corações orgulhosos não podem ocupar o mesmo lugar. A
gente brigava e eu só torcia pra você olhar pra mim e dizer qualquer besteira
que me fizesse esquece daquele nome feio que você falou e fizesse eu me jogar
nos seus braços. Mas você não falava, saia pela porta como se me deixar daquele jeito não te desse um aperto no coração. Talvez não desse mesmo.
Eu sempre fui de riso frouxo e você nunca teve senso de
humor. E são nessas horas que eu fico analisando todos os índices de que nunca
daria certo e me indago no por que diaxos você me fez tão bem? Se você não
servia pra mim, por que mesmo que você não levou esse pedaço seu junto com o
seu adeus?
Eu ando por aí e em qualquer lugar que eu vá eu sinto teu
cheiro, parece que todos os rostos ganharam teu rosto e eu fico tentando te
achar no cara do bar, no jornaleiro e no taxista que me cantou outro dia. Mas
não dá. Você é ímpar demais pra me deixar encontrar um par.
Você parecia feliz na foto, você tava sorrindo.Eu quase pude
ouvir a gargalhada espontânea que você deu com ela na foto no restaurante
chinês. Você nunca riu assim comigo. Me fala vai, me fala o que faltou ou o que
sobrou? As suas últimas palavras não me convenceram, ninguém termina com alguém
falando que precisa de um tempo e começa a namorar 1 mês depois.
Eu preciso me libertar, me libertar de você e desse
sentimento doentio que você deixou. Olha só, isso aqui pode ser tudo, menos
amor. Eu sei que vou encontrar um amor arrebatador, desses que te deixam sem fôlego
e faz você se sentir plena por si só. E eu preciso mesmo parar com essa loucura de amores não correspondidos, isso dói a alma. Mas por hora, eu quero te deixar. Quero me
desintoxicar de você e de todos os rastros que você deixou no caminho. Quero
que o dia 13 de novembro seja só mais uma data no calendário e não a lembrança
de um martírio.
Fechei a janela. Da internet e do coração, na esperança de que o seu rosto sumisse de mim, assim como sumiu da tela. Que assim seja.
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