09 dezembro 2012

Hoje não haverão palavras bonitas



Apenas leia se for capaz de me ler.
Sei que você não gosta do meu jeito embolado de escrever.
Mas tudo bem.
Isso não muda nada pra mim.
Tanto faz se você vai me ler ou não também.
Só quero que saiba, antes de mais nada, que só voltei a redigir por tua causa.
Assim como quando havia parado também.
Só por tua causa havia cerrado os escritos e cartas.
Mas não era sobre isso que eu queria falar.
A estilo "A Lista" de Oswaldo Montenegro, tenho andado fazendo minha lista enquanto ando um pouquinho devagar e pensativo na rua depois que saímos do lugar onde estávamos.
Sou réu confesso de que a nostalgia de vez em quando invade a minha paz e eu deixo ela entrar sem querer resistir.
Todo mundo sabe disso.
O que eu não sei é se você gosta destes meus saudosismos.
Eu acho que você não gosta pois imagino que você não lê o que eu escrevo até o final.
Sendo sincero agora.
Eu também não gosto de falar em saudades mas é só o que consigo escrever quando penso no tempo e espaço que eram nossos e hoje já não são mais.
Mas vou ficar te devendo palavras bonitas neste texto pois meu coração ultimamente não anda sorrindo tanto com a vida.
Talvez você me veja andando pelas ruas do Rio.
Talvez você possa me encontrar meio cabisbaixo.
Conversar com você de olho nos teus olhos era algo que me orgulhava e sentia prazer de fazer.
Hoje, se me ver, você vai perceber que eu só consigo olhar pros meus pés.
E olhos pros pés desde que fui percorrer meu caminho sozinho.
Meus sentimentos andam presos dentro de mim igual a um condômino desesperado preso no elevador com defeito de um certo prédio.
Só esses malditos textos que escrevo pra você é que são capazes de libertar minhas emoções mais reprimidas.
Como disse. Hoje não haverão palavras bonitas.
Só o que posso desejar pra nós é que, na próxima vez que eu escrever, toda essa cólera que eu sinto da vida por ela nos ter separado já tenha passado, e que a paz na minha alma retorne pra mim pra que eu possa te escrever coisas bonitas outra vez.
A partir desta data, só peço que tenha paciência comigo e com meus constantes ataques de nostalgia pois hoje, mais do que nunca na vida, senti tua falta.
Já escrevi.
Ficamos por aqui.
O que precisava ser escrito, foi, acho.
Um pouco além disso talvez nos faça chorar, não sei.
Portanto, até.

BARUCK, Guilherme

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