06 junho 2013

Eu não mudaria nada

O que você faria se pudesse mudar o desfecho de um momento, o defeito de uma pessoa ou o que seu coração ousa sentir? 
Às vezes, me pego pensando no que eu faria se tivesse tal poder, mesmo sabendo que não o tenho e, provavelmente, nunca terei. Mas creio que não perco nada se sonhar (adormecida e acordada) com esse tipo de possibilidade...
Você já sentiu vontade de modificar uma situação inteira? Ou de retirar de sua vida uma parte desagradável que lhe foi obrigado viver? Será que isso só acontece comigo?
É tão estranho olhar para trás e ver que algo não terminou da maneira como eu esperava. É assustador relembrar que há alguns anos atrás eu jurava que teria a presença firme de algumas pessoas na minha vida, e, hoje, vejo que isso não se cumpriu. É inquietante pensar em quantas vezes me perguntei "como estará tudo daqui há um ano?", pois eu me questionava já tendo uma resposta em mente, uma resposta que eu gostaria que fosse verdade, mas, hoje, esta não existe mais. O que acontece para as pessoas, um dia, não sentirem mais a falta das outras? O que acontece, que nos faz não querer-nos mais por perto? Onde vai parar o que sentimos tão forte, no passado, quando de repente tudo some e desaparece?
Esse tipo de questionamento paira em minha mente por inúmeras, diversas, intermináveis vezes. Hoje olho para a lua e admiro as estrelas na companhia de quem há pouco chegou, mas eu poderia jurar, há um tempo atrás, que quem estaria aqui seriam outras pessoas. Como amizades fortes se perdem assim? Como um amor arrebatador pode evaporar de tal forma? Como as pessoas não se perguntam, não se importam, não sentem? Não fazem questão...
Se eu pudesse ter mudado o que já foi, confesso que o faria. Muitas vezes, teria o feito. Muitas. Hoje, penso um pouco diferente. Acredito que tenha amadurecido. Consigo entender a razão do destino reservar cada detalhe, afinal, Deus não faz nada em vão. Hoje, vejo que estou melhor sem algumas pessoas, vejo que as certas permaneceram. Sinto saudade, mas me conformei. Se eu pudesse viver de novo, talvez dissesse um "te cuida", ou me importasse em me despedir, caso soubesse que seria a última vez. Mas, algumas coisas são irrelevantes... Voltar atrás é irrelevante. O que tem de ser, sempre é, independente do que queremos. Se nunca saberemos o que teria sido do que não foi, esses questionamentos vão me acompanhar por muito tempo. Entretanto, me martirizar por eles também é inútil. E é por isso que, hoje, mesmo com alguns pesos, cicatrizes e arrependimentos, eu não mudaria nada. Não mudaria nada porque no saldo final as coisas boas sempre superam as ruins, e de alguma forma isso faz toda a diferença.

Não mudaria nada pois eu mesma sou fruto de tudo o que passou. E mudar, seria como anular tudo o que sou hoje. E entre conviver com o que poderia ter sido e o que deveria ser, eu prefiro ficar com o que é.  







Nome: Dayanna Jullia Farias
Idade: 16 anos
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